25/08/2003

subindo através de corpos plastificados e corações intactos, protegidos por medo e membranas de lembranças impossíveis. e subindo através de escapadas perdidas e involuções e sentimentos arrebatados por tacos de baisebol; querido, desfazendo a dor e a perdição e subindo através das portas trancadas e das cegueiras seletivas.

paz. ele não pode trazer
mais
ele não pode virar o cálice e ele não pode
vir.

estamos rastejando no escuro.
segure-se.


24/08/2003

(minha)
caixa craniana
envidraçada

nos meus papéis engessados
as lágrimas absorvem a imagem
do terremoto

vou me quebrar
o chão está cedendo
eu não sei penso: finalmente
ou se corro

(mas ele quer que eu me agarre em quais correntes? água. vento. ânsias de vômito. e, ainda assim, não estou curado. só com uma confissão desastrosa. E, ainda, ele quer que eu me agarre em quais - por favor, QUAIS! - correntes?)