ferimentos superficiais:
a) repare no canto da boca dele. Como eu costumava me esconder ali. Meu pai e seus brinquedos perigosos, nos cantos, sempre nos cantos, quando eu atravessava as paredes e ele gritava. Reparando os segundos perdidos, sob a mesa de mármore, quando o teto da sala costumava cair - ali onde eu ficava protegido.
Recolhendo os brinquedos do chão da sala. Um caminhão vermelho e um carro amarelo. Sempre que eu ficava tonto, porque acho que sempre era cíclico, tudo era cíclico, completo - mentira que eles me narraram no segundo grau.
Dessa vez e para sempre: meus ferimentos vão ser superficiais. Eu não posso mais perder sangue.
a) repare no canto da boca dele. Como eu costumava me esconder ali. Meu pai e seus brinquedos perigosos, nos cantos, sempre nos cantos, quando eu atravessava as paredes e ele gritava. Reparando os segundos perdidos, sob a mesa de mármore, quando o teto da sala costumava cair - ali onde eu ficava protegido.
Recolhendo os brinquedos do chão da sala. Um caminhão vermelho e um carro amarelo. Sempre que eu ficava tonto, porque acho que sempre era cíclico, tudo era cíclico, completo - mentira que eles me narraram no segundo grau.
Dessa vez e para sempre: meus ferimentos vão ser superficiais. Eu não posso mais perder sangue.