04/02/2005

café. enquanto a minha casa queima

[ as i let down my body ]

ou você não ouviu meus ossos estalarem. rangerem e me amassou
de propósito
sem razão,
querido: agora derrama essa tua língua
agora que eu já não posso.

[ as i go under to take ]

café
e o que estava escrito
no fundo [ as deep as i go ]

mas para me ferir entre as linhas
quem sabe arranhado
mudo
apostando esse silêncio
meu peso em ouro, amor
em outro

qualquer porta. qualquer palavra ingerida
meu corpo pele antes que eu deite no chão no
poste no meio do fio.

existe nessa forma intermediária
outro jeito?